Os colegas Ronaldo Tavares (RH.AD) e Wenderson Norberto (AC.BR) assinam, junto com os professores doutores da Unioeste Elói Júnior Damke e Luciano Panek, um artigo científico que será publicado no 44º Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD). A publicação será feita no eixo temático “Estratégia das Organizações”, o mais concorrido entre os eixos de Administração. O encontro acontece em outubro, de forma on-line.

O artigo “Relacionamentos entre sistemas e controle e alinhamento estratégico: um estudo da Itaipu Binacional” avaliou se a existência de sistemas de controle influencia no alinhamento estratégico vertical, ou seja, internamente, entre os colaboradores e os gestores da empresa. A Itaipu foi utilizada como estudo de caso. Leia o artigo completo.

Para fazer a pesquisa, foi levada em consideração a teoria proposta por Robert Simons, em Levers of Control: How managers use innovative control systems to drive strategic renewal (Alavancas de Controle: como os gestores usam sistemas inovadores de controle para orientar a renovação estratégica, em tradução livre), de 1995.

Simons sugere quatro “alavancas” que, se bem executadas, influenciam no alinhamento estratégico da empresa. As alavancas são: crenças (os valores da empresa como missão e visão), limites (o que pode e não pode ser feito na empresa, por exemplo, o que diz código de ética), sistemas de controle interativos (a relação entre o corpo funcional e a gerência) e diagnósticos (as informações formais que o gerente possui para avaliar os resultados).

“Embora o modelo de Simons não seja recente, ele tem recebido frequente atenção por parte de pesquisadores da área de estratégia e controles de gestão”, explica Ronaldo Tavares. “Isso porque a metodologia considera a racionalidade dos modelos tradicionais por mitigar riscos organizacionais e estimular a experimentação e a inovação, tão importantes em ambientes de alta competitividade e de mudanças rápidas".

Com base na teoria de Simons, os pesquisadores fizeram um levantamento com a participação de 341 empregados da Itaipu, no final do ano passado. O questionário permitia medir se o alinhamento estratégico vertical é atingido na empresa. O resultado mostra que, na Itaipu, existem as quatro alavancas propostas por Simons e que elas exercem influência positiva no alinhamento estratégico vertical. Apenas a alavanca “limites” não tem influência, segundo a pesquisa.

O estudo faz parte do projeto de pesquisa na disciplina de Planejamento Estratégico e Modelagem Organizacional, vinculada ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu - Mestrado Profissional em Tecnologias, Gestão e Sustentabilidade da Unioeste (PPGTGS).

FONTE: Jornal de Itaipu Eletrônico